01/07/10

quero que voltes.

A vida ensinou-me poucas coisas e com o passar dos anos só aprendi que tudo se desaprende e tudo muda, por isso confio mais em mim do que nos outros e sei que o apego é como uma droga leve, que vai tomando conta de nós todos os dias mais um bocadinho, mas se tudo correr bem, o medo acabará por se ir embora e poderei enfim descansar, desde que estejas por perto, dessa forma tão simples e subtil que só tu conheces.
Mais do que as palavras ditas, e tu dizes poucas e por isso é que as oiço todas, foi o teu olhar de miúdo com o brilho dos 15 anos e o sorriso de 17 que me entrou no coração como uma flecha.
Não sei quantas formas de amor existem no mundo, mas se o mundo tem imensas línguas diferentes e todos nos entendemos mesmo que não falemos a mesma língua,mesmo que sejamos diferentes, então os homens podem inventar infinitas formas diferentes de amar.
E eu quero inventar algumas contigo, quero que voltemos a ser felizes num lugar onde te sintas feliz.
O amor tem muitas formas e muitas cores, mas só um segredo o faz resistir à mudança dos mundos e quem sabe se tu, que tens a alma de um rei que ganhou muitas guerras sem ir a batalhas,só usando palavras, tu tens a chave do nosso amor guardada no peito à espera que eu a descubra e a vá buscar, queres que eu desvende esse mistério,e voltemos a assumir o nosso amor,como antigamente.
Agora olho para trás e percebo que andavas por aí, mas como és discreto e sossegado nunca te consegui ver, mesmo quando me vias por todo o lado.
Não sei como não desisto mas a verdade é que nunca deixo de sonhar, nunca deixo de acreditar que a vida me pode dar o que quero e mereço e se calhar é por isso que as pessoas  tem sentido a minha falta e algumas deles pedem para voltar ao antigamente.
Bem agora peço um desejo, pedi-o em silêncio,pedi para não saíres da minha vida, porque não quero voltar a ver-te na merda, e não,não me apetece desistir de ti, deixar de acreditar em ti, voltar atrás e ter de esquecer o que foi importante, quando tu me disseste, desta vez com palavras, que estavas igual a mim, um bocado farto da solidão, de acordar e fingir que está tudo bem, que é só mais um dia para à noite mergulhares na cama ao lado onde ninguém te ouvia a contares o teu dia e tu não ouvias ninguém.

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