29/06/10

abraço.

Quando olhas para uma pessoa, uma pessoa que sabes que não é uma pessoa qualquer, porque o teu olhar fixa-se nela e quando ela olha para ti e sente o mesmo que tu, sentes que alguma coisa vai acontecer. Não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir e que esse dia pode ser nesse momento, e é então que tiras as mãos do bolso e abres os braços e agarras essa pessoa com toda a força do mundo, para não a perderes.
Quando nos interessamos por alguém, nunca sabemos no que vai dar.
Abrimos os braços como quem os deixa cair quase por acaso e muitas vezes nem queremos saber quantos abraços deram, 1 e 1 , 2 e 4, 3 e 3, 5 e 2, é sempre um mistério, porque a intuição do abraço e do afecto manda na vida, manda mais do que queríamos e menos do que gostávamos, por isso desconfiamos as vezes deles,do que sentimos, mas aceitamos as traições como a ordem natural das coisas, por mais parvas que sejam.
Gostamos de tudo um no outro, eu gosto da tua cara, da tua música, da tua forma desligada de olhar para o mundo, tardes inteiras que eram passadas a rir, os passeios à beira mar. E tu gostas da minha alegria de viver, da minha ironia natural, de eu dizer sempre tudo o que penso, sinto e quero, mesmo quando não estás preparado para me ouvir.
Eu gosto de te conhecer e de te perceber, porque és diferente dos outros homens e tu gostas que eu te entenda melhor do que as todas as mulheres.
E gostamos de estar um com o outro; à mesa de jantar, em casa,no sofá, com amigos, sem amigos, com sono, sem sono, mas sempre perto quando estamos perto, mesmo que fiquemos longe quando nos afastamos.
Acredito que todos temos direito a ter sorte e que, quando alguém aparece na nossa vida de repente, ou é porque nos vai fazer bem ou é porque nos pode fazer mal. E eu vi-te com bons olhos desde o primeiro momento, achei que me ias ajudar a limpar a tristeza,a fazer-me viver de novo, que a tua presença quase imperceptível na minha vida seria como um bálsamo, uma música perfeita, um dia ao sol, ou uma noite em branco, daquelas que nos fazem pensar que a vida está cheia de surpresas boas e que vale mesmo a pena estar vivo, só para as saborear.
Tu foste e és tudo isto, e o silêncio não quer dizer ausência, apesar da ausência reinar nos nossos dias.
Quando te abri os meus braços, não sabia no que ia dar.
Tu podias ser um otario,um falso,e eu podia aproveitar-me de ti e do tudo que sei, mas tivemos sorte, porque somos duas pessoas normais, com coração.
Só tenho pena de não ser dona do tempo, porque há momentos que, se eu pudesse, teria vivia mais vezes ou mais devagar.
 E como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, digo-te agora e sem rodeios, fica comigo mais uma vez, vem rir do mundo e adormecer nos meus braços, abrir o teu coração e sonhar acordado, vem ter comigo hoje, porque eu quero abrir os meus braços outra vez e aposto que o afecto vai ser igual ao da primeira vez.  porque o meu sexto sentido nunca se enganam e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade e se for verdadeira nunca acaba,apesar da ausencia e do silêncio.

ps: está modificado,este texto tem a autoria da margarida r.pinto

9 comentários:

  1. também tenho ou tinha este texto no meu blogue :)(menos a ultima parte)
    está realmente LINDO !
    <3

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  2. sim, este texto realmente é fantástico, diz muito!
    a fama ? a fama é mesmo uma merda mas sabes amor, quando essas pessoas abrirem os olhos secalhar já vai ser tarde. estou mesmo farta!
    love ú.

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  3. é sem dúvida a melhor força de esperar : em silêncio.
    sabes, esta foto está linda carol.
    love ú.

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  4. isso tá :p
    mas este tá lindoooooo

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